domingo, 30 de dezembro de 2007

rage.

o som tocava alto, as guitarras pareciam gritar mais forte do que todo e qualquer ruído presente na sala. seu corpo exalava tranqüilidade, seus movimentos eram calmos e rápidos.

as mão seguiam um movimento ritmado e com uma força surpreendente acertava, sem pena alguma, a cara de um jovem deitado no chão. via-se apenas o vulto de um soco, esse era seguido de um barulho.

a cada soco que dava sentia mais raiva, a distorção da guitarra parecia penetrar em seus ouvidos e brincar com seu cérebro, desafiando-o à, mais uma vez, bater no rapaz que já estava com seus dentes da frente espalhados pelo chão do lugar.

em um impulso vindo de lugar nenhum, ele distanciou-se do corpo estendido no chão, chutou o individuo, passando de raspão pela cara dele, e saiu andando. a guitarra continuava em seus ouvidos, ouvia o fino grito do desespero, a primeira e mais fina corda parecia chorar.

olhou pra trás, viu que, na verdade, quem chorava era o rapaz, uma figura banguela e ensagüentada. enquanto chorava balbuciava palavras, pedia perdão. ele andou até o rapaz, avistou seus olhos. em um movimento brusco deferiu-lhe outro chute, dessa vez certeiro, no rosto. respirou fundo, saiu andando e não voltou.








Listas para 2008

de livros:

gossip girl 9
bellini e o demônio
bellini e os espíritos
a bússola de ouro
a faca sutil
a luneta âmbar
a filha do fabricante de fogos de artifício
(outros).


de coisas pra fazer:

estudar
academia
acordar cedo
economizar grana
dormir cedo
escrever(é, essa fase criativa não dura pra sempre não :~ )
estudar.


de desejos pros outros e pra mim:

dinheiro.


de coisas que eu quero que aconteça:

passar de ano sem preocupações(sim, já estou pensando no fim dele.)
viajar
escrever uma musica
não perder nada que eu goste
ficar com os braços malhados.



à respeito do texto, favor não pedir explicações, é só mais um como qualquer outros, sem significados... opa, lembrei agora que alguns outros tem significados.

sábado, 29 de dezembro de 2007

love is a losing hand.

entre sua mão trêmula estavam duas cartas.
o naipe? copas.
as cartas? uma dama e um ás.

a luz parecia hesitar, coincidiam, então. seus dedos seguravam as cartas, o coração desenhado nelas parecia pulsar fortemente contra o seu polegar.

ele precisava tomar uma decisão. continuaria o jogo, apostaria suas fichas no risco de perder ou pararia ali, num porto seguro, onde nada o afetaria.

no rádio ao seu lado um velho jazz tocava, uma voz feminina, essencialmente forte saia das caixas de som, invadindo a sala. amores incertos, eram ali, na musica, retratados.

o jogo era bom, a dama era valiosa e estava em sua mão. o ás, sendo a carta mais forte lhe pareceu um suporte pra qualquer possível fracasso.

os corações aceleravam a cada batida da compassada bateria da musica, a voz grave continuava a encher a sala, entrando-lhe pelos ouvidos e ali ficando.

provavelmente seria vencedor se ali continuasse. pegou em todas as suas fichas, contou, encarou. porém, impulsionado por algo indescritível, amassou as cartas em sua mão, jogou-as com raiva no colo do rapaz que recolhia as apostas e cartas.

saindo da sala, ao parar na porta, ouviu as pessoas comentarem o quão ele fora burro. respirou fundo. sem, pela primeira vez, hesitar saiu da sala. andando na rua pensou no que fez, tentou escapatórias... mas no fundo, tinha certeza sobre o porque da desistência, há muito ele já sabia. 

era um covarde.



"played out by the band
love is a losing hand
more than I could stand
love is a losing hand"
- amy winehouse.

quinta-feira, 27 de dezembro de 2007

o.O

meu irmão, eu fico puta, PUTA, com essa galerinha que diz que odeia o natal. "blá blá blá Natal é uma data capitalista", ééé, vê-se bem quem é capitalista, são esses idiotas que acham que o mais importante do natal é receber presente. apesar de já ter virado um clichê essas antinhas ainda não entenderam que a parte importante do Natal é união, cumplicidade e tal, mas nãão, só sabem dizem que é uma data imposta pelo comercio, até porque esses daí metidos a rebeldes já não têm nem família porque roubavam dinheiro dos pais e foram deserdados (sorte dos pais, diga-se de passagem).

pior ainda é quando chega os que falam "blá blá blá vocês Seiando (siiim, errado! vi por aí a fora na internet uma antinhas que não sabiam nem escrever) e as criancinhas na áfrica morrendo de fome", aí pronto, um feladumaegua pseudo-intelectual que enche o cu de maconha, rouba o dinheiro dos pais acha que é muito correto, né?! enquanto esses baitola tão comprando a maconha o tanto de gente que é vítima do tráfico de drogas é incontável!

tá, certo, eu sei que é algo importante você pensar na política do mundo, na situação.
mas taí que eu não aceito justamente esses feladaputas virem me dizer o que fazer, dizer que eu comemorar meu natal feliz, com minha família, onde todos são decentes e todos se amam, é errado.

ah, meu, vão se fuder e soquem no cu essa frustração com o bom velhinho.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

interpretação

"Acabou
Agora ta tudo acabado
Seu vestido estampado
Dei a quem pudesse servir"

esse é o começo de uma música da Ana Carolina, musica muito boa por sinal. o nome da música é "vestido estampado", acho que é a melhor dela, até. tá, né?! mas o que diabos vocês tem a ver com isso?
é o seguinte, eu tava pensando sobre essa história de interpretar textos dos outros. pra você ver; tem texto meu que EU não sei interpretar, imagine um texto de outra pessoa...

quando eu tava tomando um banho, dia desses, eu pensava no que ela queria dizer com essa música.
pensando como eu, livia, cheguei a conclusão que ela tava realmente falando de um vestido estampado que pertencia a alguma mulher dela e que ela deu pra outra pessoa, já que como todos sabemos ela é "bi e daí?", né?!

só que aí, eu resolvi interpretar como se estivesse na pele dum professor de literatura afeminado(HUEHUEHUEHU)... chego então a idéia que o "vestido estampado" é como se fosse o sentimento, o amor. e, agora que entre ela e a outra pessoa(que provavelmente seja uma mulher, já que, repito, sabemos que ela é "bi e daí?") esse sentimento acabou, ela meio que fala pra outra "vai procurar alguém que te ame, que eu não amo".

...ainda não descobri qual é a interpretação certa. õ.ô"

domingo, 23 de dezembro de 2007

?! diferente = igual ?!

o que leva uma pessoa a achar-se melhor por ser diferente das demais?

deve ser muito louca uma pessoa que pensa que todas os outros, tirando ela e os amiguinhos freaks dela, são iguais. aí, essa pessoa me aparece numa comunidade do orkut chamada "outsiders", onde tudo segue uma lei, todos gostam das mesmas músicas, livros e quase tentam impor um padrão de "outsiderismo".

a cada dia que levanta a pessoa é diferente, não tem pra onde correr. você aprendeu algo ou chorou, perdeu, ganhou, machucou, tirou e por aí vai. todo mundo levanta da cama de um jeito diferente, come de manhã, não come, escova os dentes, não escova.
eu posso muito bem ler Dostoievsk e ouvir forró*, posso não? aposto que isso daria uma complicação pros outsiders, já que eu não seria nem uma insider por ler Dostoievsk e nem uma outsider já que eu escuto forró.

enquanto os outsiders buscam uma realidade onde cada um siga sua regra de acordo com o seu querer e sua diferença, eles mesmos impõem suas limitações. outsider que é outsider tem que ser um loser(ok, eles dizem que não são losers, só não gostam de interagir com pessoa que são iguais, normais e insiders), anti-social, que gosta de indie rock e leem aqueles russos dementes.

foi mal ai, mas as vezes eu dou graças a deus por ser, praticamente, uma insider. prefiro pensar que eu sou igual a todos e acabar sendo diferente, do que pensar que sou diferente e acabar sendo igual. já que, eu realmente acredito que as pessoas tem que ser totalmente diferentes e eles são, já.

talvez um dia chegue e essa história de modismo e pessoas sem personalidade acabe. pois, o que existe agora é a imitação, no íntimo todos são diferentes. no momento em que todos forem eles mesmos não vão existir insiders nem outsiders. já que todos serão diferentes, trazendo nessa característica a igualdade.




*não, eu não gosto nem de forró, nem de Dostoievsk. ;)


rolou a filosofia na ultima frase, hein?!
HUEHUEHUEHUEHU ;D

domingo, 16 de dezembro de 2007

eis o menino, o pé, a bota.

eis o menino que, em passos largos, traça o caminho, deixando pegadas. onde o delicado pé pousa fica sua marca.

vê-se que a marca deixada já não é do pequeno pé infantil, é, na verdade, de uma pesada bota de couro que o fraco menino carrega em cada passo.

nos caminhos seguidos pelo o menino a marca da velha bota foi deixada. já hoje quando este tira a bota, não mais reconhece a pegada delicada de seu pequeno pé infantil. Pois, este já não é delicado, tampouco infantil.




-ontem isso me pareceu genial, hoje já perdeu todo o charme.

quarta-feira, 28 de novembro de 2007

d.e.c.e.p.ç.ã.o

é incrível como você pode se decepcionar facilmente com uma pessoa. pior ainda quando é uma pessoa de sua estima, que você verdadeiramente gosta. todos dizem pra mim que as pessoas são pedaços de carne levados pela emoção, pelo querer, até esse ponto eu não acreditava.

sabe quando que por uma pequena ação uma pessoa consegue colocar suas expectativas para ela no chão? Decepciona-te, com todas as sílabas e letras?
você normalmente sente-se traído pelo seu próprio amigo, que de uma hora pra outra se mostra uma pessoa completamente diferente. antes, aquela pessoa que não parecia seguir os conceitos da sociedade, agora só mais um na multidão.

foi assim, que você, me decepcionou. usando o msn plus. bateu lá no fundo, cara.

machucou.






ps: éééé, é você mesma!

ps2: esse texto foi escrito em uma momento exclusivo de retardo mental, então...

ps3: acho que eu tenho problemas mentais.

=*

segunda-feira, 26 de novembro de 2007

que se foda o meu passado.

sempre, repito, sempre que eu tenho uma idéia revolucionariamente incrível alguém já teve a mesma idéia antes... e pior, gastou-a, não aproveitou todas as intenções e particularidades da bem-dita idéia.

estava perdida em meio dos devaneios habituais, pensava no quão ridículo eram aqueles pequenos jovens que gostam de se fazer de mal-criados, batedores de mamães e violadores da paz alheia. obviamente lembrei da comunidade-clichê desses jovens,a famosa "meu passado me condena". foi aí que uma idéia cintilou em minha mente, eu faria a comunidade "meu passado me absolve".

fiquei vários dias aperfeiçoando a idéia, escrevi até uma descrição super engraçada e irônica pra futura comunidade que eu criaria (descrição essa que já fiz por onde esquecer, pra não sofrer mais). lembro-me que em um belo dia de sol resolvi vir aqui pra mostrar ao mundo minha idéia genial. porém, fui antes checar no orkut, estava descrente, admito. nunca pensei que alguém teria uma idéia tão genial quanto a minha. infelizmente, toda a minha descrença me atingiu como um soco, virou decepção. lá estava, já criada, com foto e descrição ridículas, a comunidade "meu passado me absolve". a minha comunidade-idéia-genial.

evitarei falar mais do acontecimento. das pessoas, da foto e da descrição da comunidade. encontro-me, ainda, muito abalada com esse acontecimento, acredito, até, que precisarei de alguma ajuda psicológica para superar tudo o que aconteceu.

conto com a ajuda de vocês. ;/


HUEHUEHUEHUEHUEUHHUEHUEUHEUEUHUEHEHUHUEHUEHUEHUEHU

"no dia-a-dia do hoje em dia o acaso é que me guia"

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

feminismo não é femismo!

...mas o que diabos é feminismo e femismo?.

segundo o dicionário, feminismo é um "movimento favorável à equiparação dos direitos civis e políticos da mulher aos do homem". ao contrário do que muitos pensam, o feminismo não segue aquele velho pensamento de ser um movimento composto por mulheres revoltadas e mal-comidas que querem ser ou se acham melhores que os homens. alias, esse pensamento encaixa-se bem na definição de femismo, tirando a parte do "mulheres revoltadas/mal-comidas", já que pode existir mulheres e homens, revoltadas(os) e mal-comidas ou não, que sigam esse movimento. isto é, enquanto o movimento feminista luta pela igualdade de DIREITOS E DEVERES entre homens e mulheres, o femismo tenta colocar as mulheres na posição de superioridade que hoje encontram-se os homens, sendo assim, um machismo às avessas.

hoje, comumente, perdemo-nos em conceitos errôneos que desde cedo a chamada "sociedade patriarcal" nos impõe. assim, é fácil ouvir mulheres dizendo que "é feio que elas tomem iniciativa", que "os homens tem que arcar com todas as despesas das saídas" e coisas do tipo. eu realmente não vejo problemas em que o homem pague as despesas, mas isto não pode se tornar uma obrigação para eles e nem que possa ser cobrado por elas, acredito que o pagamento das despesas seja uma gentileza, que possa num dia ser pago pelo homem, no outro pela mulher, mas o ideal é que haja, normalmente, a divisão dos gastos.

vários ainda pensam que as mulheres feministas só querem acumular mais e mais direitos, sem perder seus privilégios e adquirir novos deveres, enganam-se esses que pensam que essas mulheres são feministas. homens dizem que feministas nunca abririam mão de pagar entradas com desconto nas festas, nem de serem priorizadas em resgates/acidentes, mas pelo pouco que estudei sobre feminismo já posso responder que elas o fariam, elas abririam mão sem titubear. as feministas reais acreditam que homens e mulheres são seres que se encontram em pé de igualdade, sendo assim, elas procuram conquistar os direitos que eles possuem e que as tornem conceituadamente dignas como os homens, mas elas sabem que atrelados a esses direitos encontram-se novos deveres que deverão ser cumpridos por elas.

talvez o problema de toda essa polêmica que roda em torno do feminismo seja a educação patriarcal que, praticamente, todos nós recebemos. a velha idéia que se resume porcamente em uma das frases que eu mais tenho ódio... a famosa "lugar de mulher é na cozinha/tanque/fogão/cuidando do homem". acredito que apesar de sermos todos diferentes alguns não conseguem fazer com que essa diferença desabroche e acabam apenas seguindo o que lhes é passado, sem questionar, sem revolucionar. sendo assim, o pensamento de inferioridade da mulher é passado a diante. até que chega a uma pessoa que desperta o sentimento revolucionário de querer mudar uma situação que está supostamente certa, para torná-la verdadeiramente certa, causando assim estranhamento nas que estavam acostumadas ou até mesmo sendo privilegiadas pela situação anterior.

"Take part in this riot only for girls.
I never thought the girls would be so united.
Take part in this riot only for girls.
I never thought the girls would be so strong."

Dominatrix - My New Gun


"riot grrrl will never die.
every girl is a riot grrrl.
stop boys violence."

Dominatrix - Patriarchal Laws




acho que acordei meio feminista revolucionaria hoje.
ah, só pra constar, isso é só um resumo de tudo o que eu queria dizer.
ah, só pra constar 2, hoje acordei às 16:30. tinha ido dormir as 8. da manhã.
ah, só pra constar 3, ceará music foi bom. bom demais.

quarta-feira, 3 de outubro de 2007

bullshit

eu sinto cada pedrinha jogada na janela, daquelas que anunciam a chegada do novo ano. o engraçado é que ele ainda tá praticamente no meio do caminho pra chegar. e eu aqui,
querendo me programar, fazendo, já, a listinha de mudanças pessoais que, diga-se de passagem, é praticamente a mesma da desse ano e do ano passado... contendo os clássicos
"organização, estudo e mudar algo na aparência".

tou percebendo agora que a minha lista de sempre é muito complexa. minha preguiça nunca me deixaria fazer esse monte de coisas. principalmente estudar. acho que eu ia ficar com um peso na consciência cruel por perder o tempo que poderia estar ficando bela (leia-se: dormindo) pra estudar.

na verdade verdadeira, eu só acho que tou pensando nesse negócio de lista de melhorias pro ano seguinte porque tá na minha época de provas e eu tenho que estudar e não posso perder
tempo pensando em besteiras... então, o que eu faço?! penso em besteiras como isso! ahá!

terça-feira, 2 de outubro de 2007

arrastava-me pela casa, não sentia meus pés tocarem o chão. deslizava. talvez não sentisse nem minhas entranhas se fossem essas que se arrastavam. o corpo vazio encontrava-se frágil, podia ouvir o estalado do quebrar. só não podia saber onde quebrava, onde tocava, onde sentia, onde arrastava. há essa altura. já não sabia de nada.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

laranja.

a cada dia noto-me mais ácida. saio esbarrando pelos outros, rolando e levando-lhes comigo pela ladeira a baixo. em outros já me encontro amarga. vou espalhando a adstringência fazendo-lhes perder toda a saliva em suas bocas.

tenho medo. medo de um dia perceber-me podre, coberta de mofo, propagando meu bolor pra os pobres inocentes que tem de agüentar minhas incoerências.

terça-feira, 31 de julho de 2007

gabrielle.


Cara de mal
Cabelo espetado
Fumando cigarros
Atrás de trocados

Coração mole
Filme de amor
Declarações em publico
Não acabou.

Estilo doentio
Falso pudor
Piercing na língua
Expressão de terror

Olhos pintados
Tatuagem tribal
Jeito de criança
Fome de animal

Filmes de amor
Fome de animal
Expressão de terror
Cara de mal


okay, é o tipo mais sem graça de poesia...rimas simples de substantivo e substantivo, verbo e verbo...igual letras de forró. mãããns... eu gosto dessa poesia.

=*

terça-feira, 17 de julho de 2007

pingente do céu.

o calor da janela me chamava, por entre os vidros sujos via-se um céu azul. azul esbranquiçado. exatamente em cima do prédio abandonado que fica na minha diagonal esquerda estava uma nuvenzinha. ela cobria o sol.

lá, em cima do prédio abandonado, o céu não era da cor citada anteriormente. era cor de ouro. dourado, como um pingente de um colar infinito.

fitei o pingente por alguns instantes, pensei nesse texto. fui dormir.

quarta-feira, 11 de julho de 2007

por entre bentevis e jovens.

um cheiro de tinta exalava do banco em que estava sentado. era branco, de madeira e com suportes de metal pintados de cinza... o banco, é claro. ele era um jovem, por volta de seus dezesseis anos, moreno, cor de chocolate. tinha os ombros largos e um peitoral trabalhado, que ficava bem perceptível devido a posição que se encontrava.

seu pescoço estava jogado para trás, mostrando um alto pomo de adão e deixando suas costas totalmente pressionadas contra o encosto do banco. seus olhos estavam fechados, ele parecia estar pensando. não, na verdade ele não estava pensando, estava concentrado, tentando distinguir os cantos dos passarinhos.

a praça em que ele se encontrava não diferenciava-se de nenhuma praça brasileira e era totalmente cheia dos chamados "ratos com asas", também conhecidos como pombos. eles cantavam com alegria, talvez usando o canto como forma de agradecimento aos vários pedaços de pães que lhes eram jogados. entre os cantos desses vários pombos, quem estivesse atento poderia ouvir um canto diferente. o dono desse canto diferente era um pequeno bentivi que estava pousado no chafariz central da praça.

um cheiro de água podre exalava do chafariz em que estava pousado. era cinza, de cimento e com suportes de também cimento pintados de branco...o chafariz, é claro. ele já não era um filhote, mas não podia ser chamado de adulto, tinha a barriga amarela, sua cabeça era branca, tinha uma espécie de máscara escura nos olhos e suas asas eram pardas. seu bico era fino e preto. apesar de não ser muito grande tinha uma postura glamorosa.

dava pequenos pulinhos pelo chafariz, abrindo as asas e mostrando sua brilhante barriga amarela. cantava com toda sua alma de ave passeriforme. sua cabeça movimentava-se rapidamente, acompanhando todas aquelas pessoas que se encontravam na praça. não, na verdade ele acompanha o barulho que elas faziam.

a praça em que ele se encontrava não diferenciava-se de nenhuma praça brasileira e era totalmente cheia dos chamados "inconvenientes", também conhecidos como seres humanos. eles gritavam de loucura, talvez usassem o grito como algo, mas realmente seria algo complexo demais para bentivis entenderem. entre todos os seres humanos ali, um destacava-se por não ser dono de ruído algum. o dono da falta de ruídos era o nosso já conhecido jovem, por volta de seus dezesseis anos, moreno, cor de chocolate.

o bentevi voou do alto do chafariz em que estava pousado, foi voando calmamente, o mais alto que conseguiu. posicionou-se exatamente em cima do dono da falta de ruídos e de repente deu um rasante, posando no chão a cerca de uma metro do banco em que o rapaz estava sentado, preparou a sua anunciação e quando cantou a primeira sílaba de seu jargão foi surpreendido pelo olhar de um certo rapaz e por um certo estilingue que esse rapaz tinha em mãos e, estava apontando-lhe.

em questão de segundos o olhar do pequeno pássaro encontrou o do jovem, pareciam concentrados no que faziam, cada qual tinha o olhar fixo no fundo dos olhos do outro. e, por um breve momento trocaram de lugar.

o jovem levantou-se, desnorteado, deixando o estilingue cair no chão. parecia sair de um transe, uma espécie de renascimento. deu alguns passos rápidos e olhou para trás procurando o pequeno bentivi, mas foi pego de surpresa por um turbilhão de emoções. sem pensar abriu os braços e correu por entre os pombos da praça, sentia-se verdadeiramente livre. o bentivi estava pousado do banco branco, seus pequenos olhos pretos brilhavam no sol enquanto observava um jovem correndo pela praça. sentia-se satisfeito por mostrar à um jovem a sensação da verdadeira liberdade, liberdade essa que há pouco aquele mesmo jovem tentaria lhe tirar.


"Olhe no fundo dos olhos de um animal e, por um momento, troque de lugar com ele. A vida dele se tornará tão preciosa quanto a sua e você se tornará tão vulnerável quanto ele. Agora sorria, se você acredita que todos os animais merecem nosso respeito e nossa proteção, pois em determinado ponto eles são nós e nós somos eles”.[Philip Ochoa]



aprendizado do texto¹: por mais que pareçam bonzinhos e atenciosos os seres humanos podem dar uma estilingada em você.

aprendizado do texto²: animaizinhos podem não parecer, mas também tem suas sapiências.

beijos a todos. =*

quinta-feira, 5 de julho de 2007

my log is gone.

provavelmente eu já sabia faz tempo, realmente não me lembro agora, mas foi hoje. hoje que notei que havia perdido todos meus logs do msn. eu entrei na pasta, parei, pensei, procurei e percebi,finalmente, que eles não estavam escondidos. tinham realmente sidos deletados. não tenho certeza de quando, talvez na última formatação do computador. eu realmente não tenho certeza de quando!

então vim aqui, abri o notepad pra escrever sobre esse fatídico acontecimento. no meu íntimo eu só esperava uma coisa, esperava começar a escrever aqui, que nem um burro desembestado, numa espécie de transe. e, que quando acordasse desse transe, tudo estivesse aqui, meus logs todos escritinhos nessa página de notepad.

eu acho que eu consenti com o apagamento dos logs, mas agora parece um vazio, eu gostava tanto de lê-los as vezes numa madrugada como essa. rindo das piadas passadas, revivendo os tormentos... passando por tudo que já aconteceu, fazendo uma retrospectiva. certo, eu sei que sou muito nostalgia e também muito apegada a essas coisas, mas quem não gosta de olhar um pouquinho para trás e lembrar-se?

ah, eu vou superar isso... mas tenho que dizer que tem uns 5 logs que eu REALMENTE ainda queria ter :~







*tá, eu sou emo, eu admito. =*

segunda-feira, 2 de julho de 2007

lance, o freelancer.

empurrou com força as portas estilo emergência de hospital, queria chamar toda a atenção que pudesse. queria dizer à todos que estava ali, realizando o seu sonho de enfim ser jornalista.

entrou na redação com a confiança extravasando de seus poros, seguia um imenso corredor com a cabeça erguida, ele sabia, sabia que teria muita coisa a enfrentar. mas nada poderia deter o sentimento revolucionário que pulsava em seu peito.

ele era um romântico, não só daqueles que sonham, mas daqueles que vão atrás, que buscam. que correm, lutam e no final de tudo conseguem. o romance que ele tinha pela arte de escrever, de comunicar ao mundo os acontecimentos, podia ser percebido a metros de distancia, era exalado dele, tal qual um perfume impregnado.

era difícil de explicar o prestigio que ele sentia de estar ali, de poder participar de toda aquela grande organização, que, acreditava ele, podia ser mais funcional que qualquer passeata, qualquer guerra ou revolução. sempre pensou que era a mídia que mudava e manipulava as mentes dos telespectadores e, como foi dito anteriormente ele era um romântico. tinha um romance especial com a idéia de tentar fazer as pessoas criarem um opinião própria, sem se embasar na mídia.

sua opinião diferia do seu novo trabalho, mas ainda assim ele seguiu em frente, pos seu plano em prática, escrevia com total imparcialidade, deixando as brechas para a opinião do leitor. achava que conseguiria ser mais forte que toda aquela organização. mas era uma guerra perdida, um exército todo contra um só. não seria possível nunca alcançar a vitória. ele reconheceu a derrota.

havia desistido de trabalhar num jornal, era um pobre freelancer que tentava mudar o mundo, mas ele só tentou até o dia que uma adolescente que devia ter por volta de 15 anos chegou ao seu lado e disse: "você não é o lance, o jornalista?" ele respondeu positivamente. a menina abriu um sorriso e continuou "ah cara, adorava sua coluna, seu jeito de escrever é o melhor! você me inspirou, de verdade". ele soltou uma gargalhada, a menina achando estranho a reação resolveu ir embora.

o pobre freelancer achou-se patético, já que apenas uma garotinha o achara um bom jornalista... mas, foi enquanto a palavra “garotinha” repetia-se no vácuo do seu cérebro que percebeu que todos os seus esforços de mudar o mundo haviam funcionado, já que mudara a idéia de um dos futuros habitantes do mundo e, esse com certeza continuaria o seu legado. o freelancer havia feito a sua parte. do jeito que pôde.

sábado, 23 de junho de 2007

metáfora dos pedaços.

e é assim, uns atacando os outros, arrancando e estraçalhando suas peles. de boca em boca pedaços vão sendo levados, até achegar a boca maior, a boca do rei.

o rei pega aquele pedaço, decide para onde vai, se seguirá sendo passado até chegar a outros animais ou se ali será seu final, sendo engolido pelo rei sem que mais ninguém se importe.

quando aquele pedaço fresco e ensangüentado é passado para frente nunca se sabe o que vai acontecer. ele pode ser deixado de lado, sem nenhuma importância, apodrecendo aos poucos e sendo esquecido. também pode continuar sendo passado, até chegar àquele que o engole. e, o dono daquele pedaço que já não tinha mais honra nenhuma, é completamente esquecido.

sábado, 16 de junho de 2007

inside.

sentar e escrever, é isso o que eu quero fazer. ficar ali, vendo o tempo voar e a vida passar por mim sem deixar rastros. talvez seja pelo meu grande apreço pela escrita ou pelo minha grande vontade de não viver minha vida, de ser apenas uma telespectadora.

queria eu não sentir nada, não me envolver. não ser sempre tão presente e participativa na minha própria vida. tenho vontade de deixar toda minha vida de lado e ir lá, viver a de outra pessoa, pra finalmente não ter que tomar uma decisão que por mais certa que pareça está lotada de incertezas e de medo do que aquilo poderá resultar no futuro.

melhor ainda, poderia ser apenas uma espectadora, um narrador, algo do tipo. ficar ali na minha, contando minha própria historia, que eventualmente já estaria decidida, sem ter que decidir nada, não fazer nenhuma escolha, sem tomar parte de nada. só ali, escrevendo minha vida tal qual um livro, sorrindo brandamente nos momentos felizes e deixando de lado os momentos tristes.

e, quem me dera fosse real essa historia de destino em que sempre acreditei. destino é, além de uma desculpa pros que tem preguiça da vida, o "fim pré-determinado que orienta as ações e os acontecimentos na vida dos homens". mas será que é possível mesmo algo determinar a vida da gente? logo a gente, que anda, pensa, tem emoções e ainda tem polegar opositor... quem ou o quê poderia determinar a nossa vida? só a gente mesmo, oras.

ta certo que não é sozinho que a gente decide nossa vida, existe sempre alguma forma de influencia, de indução. até porque é essa influencia que nos dá opções às escolhas e usualmente nos traz novas experiências. sem esquecer também que a base da sociedade atual é a escolha atrelada a outra coisa bem nojentinha, que é a competição. logo, se você faz a escolha errada você perde a competição e pode arruinar seu histórico escolar, sua carreira, paquera ou até seu joguinho de poker aos domingos.

pra mim, tomar decisões é com toda certeza a coisa mais difícil de se fazer, é o que me faz superar limites, mas também é o que me traz uma enorme gratificação quanto é tomada de maneira certa. e talvez seja por isso que eu e todas as outras pessoas não desistam de viver de verdade, de sonhar e de aproveitar a vida.

"Desconfie do destino e acredite em você. Gaste mais horas realizando que sonhando, fazendo que planejando, vivendo que esperando porque, embora quem quase morre esteja vivo, quem quase vive já morreu”.[Sarah Westphal]





escrevi hoje e gostei, simplesmente gostei. amanhã fazer simulado sem ter estudado nada e depois tentar ver se eu tento fazer o teste para o grupo de teatro lá do colégio.

=*

quinta-feira, 7 de junho de 2007

fingimento.

muitas vezes eu me pego fazendo crer o que não é, pego-me fingindo. não sei bem ao certo o porque, talvez pra fazer as coisas serem mais divertidas, mais interessantes. o engraçado é que vejo que não sou só eu que faço isso, todos ao redor fingem um pouco. talvez seja até por reconhecer que todos fazem mais ou menos a mesma coisa nós acabamos fingindo algumas coisinhas para poder nos sentir diferente.

todos, absolutamente todos, fingem. Seja um alguém que sorri forçado em uma foto, alguém que finge alegria quando recebe um presente que não foi de seu agrado, outros fingem na hora h, alguns fingem amar, os deixados de lado fingem não se importar, os infiéis fingem não trair. os seres vivos fingem, só fingem, provavelmente até finjam fingir.

não existe somente o fingimento pro mundo exterior, existe também aquele com que as pessoas enganam-se, traçam seus próprios caminhos entre encruzilhadas da verdade e da invenção. normalmente fazemos de tudo pra buscar um diferencial na nossa vida, mas ao invés disso calculamos tudo, contamos as horas minuciosamente, programamos nossa semana sem abrir espaços pra espontaneidade. talvez seja graças a essa mania de programação que acabamos empregando o fingimento no nosso dia-a-dia. fingir traz mais emoção àquela vida rotineira que a maioria leva, torna nossos sentimentos mais intensos, nossos desejos mais próximos e além de tudo nos torna mais humanos.

o amor parece até mais real quando você finge gostar do seu novo namorado, mas sabe que não se esqueceu do canalha que partiu teu coração em quatrocentos e setenta e duas partes. a vida independente parece mais próxima quando você finge não se preocupar em morar no meio da favela. sua família até parece perfeita quando você finge não ouvir as brigas que seus pais tem de cinco em cinco minutos. seu encontro com o novo paquera parece bem melhor quando você finge estar bem mais nervosa do que realmente está. tudo exala um doce perfume quando você finge não sentir o cheiro da fralda de seu filho recém nascido. seus sonhos de ser uma estrela parecem mais próximos quando você finge ganhar um premio enquanto você esta tomando banho. seu namorado fica bem menos "bola-pra-cima" quando você finge não se importar que ele dançou quadrilha com a menina mais bonita da sala dele. a vida fica, com certeza, bem mais interessante quando você finge todos esses fingimentos e traz com eles sentimentos e emoções que não contem sequer um terço de uma gota de fingimento.











Acabei de escrever, saido do forno. Um pouco sem noção, mas eu gostei, apesar de sentir que não consegui mostrar tudo o que eu queria nele. Eu já queria escrever sobre esse assunto a muito tempo pena que não consegui explorar tudo o que eu queria, mas se não consegui escrever mais acredito que não tinha nada mais pra ser escrito (filosofia dos beatles). ah, tá chega.

Cara, eu devo ter escrito mais de 15 vezes as palavras figem, finge e fingimento.


beijos.

domingo, 6 de maio de 2007

o prédio


a cidade das estrelas dois é bege, com listras vermelhas, de um vermelho vivo, bonito e cheio de vida. Talvez a cor mais indicada pra "representar" aquele prédio. Se é que ele ainda pode ser chamado apenas de "prédio", talvez seja até um eufemismo chamar aquela entidade de prédio. Já que enquanto no dicionário prédio encontra-se definido como "casa de habitação" ou "edifício". Entidade já é algo mais, é "um ser", é "o que constitui a essência de uma coisa".


"o que constitui a essência de uma coisa"... É esse o verdadeiro significado de StarCity II.
Já que foi "ele" que constituiu pelo menos um pedacinho da essência de várias pessoas -tal qual a minha- que passaram por ele e, provavelmente, ainda constituirá várias outras essências de outras diversas pessoas. Pode não ter sido o prédio, mas com certeza as pessoas que ali estavam, que ali moram ou moravam. E, essas pessoas são incrivelmente tão importantes como o prédio, já que graças a elas o prédio é o que é, e provavelmente graças ao prédio elas são o que são.


em todos os lugares as pessoas falam "Se o numseique falasse...". Não é querendo desmerecer os "numseiques" delas não, mas, se o StarCity II falasse... Ah, podes crer que teria história, e história boa, viu?! Desde das coisas mais esdrúxulas, como meninos que se jogam em árvores gritando o nome da "amada", brincadeiras do copo, historia de um rapaz que pulava de saída em saída de ar-condicionado, fantasmas em churrasqueiras, roubos de festas de crianças, histórias de jogos de futebol com pexeiras. Até as coisas mais simples, como brincadeiras de esconde-esconde, jogos de futebol na chuva, tardes andando de bicicleta, empinar sacos, dar nome a uma árvore e cada um ter seu lugar nela, campeonatos de futebol valendo um refrigerante "Frevo" de dois litros, aniversários, churrascos, sustos com máscara do pânico.


tudo que aconteceu/aconteça na "nossa entidade" por mais simples que seja é uma historia importante que não pode ser deixada de lado e que em um sábado no meio de uma conversa jogada fora vai ser lembrada com carinho por todos aqueles que de alguma forma vivenciaram, nem que tenha sido só no dia seguinte quando alguém que presenciou estava contando. Com toda e absoluta certeza é impossível escrever em um texto tudo o que já ocorreu naquele prédio, todas as pessoas que já passaram por lá, todas as brigas, todas as brincadeiras, as modinhas...anyway, além, disso acho que seria um insulto tentar definir aquela coisa toda tão grandiosa que é o StarCity II.

sexta-feira, 30 de março de 2007

notícia importante

Depois do homem mais peludo do mundo ter anunciado que vai casar ainda esse ano. Hoje, deparo-me(horrorizo-me) com a notícia que o homem mais alto do mundo(aquele que tem só dois metros e trinta e seis centímetros de altura), casou-se. É...mulheres que gostam de homens altos podem ficar tristes, o mais altos deles já tá comprometido. Pois é, após passar um ano fazendo uma “campanha” para arranjar mulher, o chinês Bao Xishun, finalmente conseguiu desencalhar.


O gigante de 56 anos tem, agora, como esposa Xia Shujian, uma moiçola que tem a metade da idade de Bao. Além de muito mais nova que ele, a moça - essa é a parte bizarra- tem apenas um metro e sessenta e oito centímetros. Isso é, entre esse casal nem um pouco estranho há 68 centímetros e vinte e oito anos de diferença.


Agora duas teorias podem ser formadas com essa noticia, uma é que os chineses são bizarros, já que tanto o peludão quando gigantesco são chineses. A segunda é que depois da Maria gasolina, Maria chuteira, Maria qualquer coisa, chegooou a Maria Guinnessss, aê!

sábado, 24 de março de 2007

proposta 2

A porta que se abrira com um baque surdo agora mostrava àquela pobre dona de casa verdadeira face de seu filho, abismada a mulher foi penetrando aquele ambiente estranho, entrou com pé direito, lentamente colocou o esquerdo mais a frete, mas estancou. Não conseguia aceitar o que via.

O quarto em sua arquitetura não era diferente de nenhum outro quarto de adolescente de classe média, mas era apenas a arquitetura.

No chão do quarto encontrava-se um tapete preto, peludo, com manchas vermelhas que facilmente poderiam ser sangue. No centro do tapete podia ser visto um pentagrama invertido pintado em branco, talvez com cal ou corretivo. Em cima de sua cama uma colcha vermelho sangue cobria o alto colchão, por cima da colcha podia-se ver alguns livros, a maioria com capas pretas e desenhos sinistros, estavam jogados ali por cima sem qualquer organização, com exceção de apenas um livro, aquele tinha capa dourada com uma caveira na capa e estava posicionado dentro de um quadrado feito por ossos.

Nas paredes, pintadas de preto, havia diversas manchas vermelhas e vários pôsteres com os mais amedrontadores vampiros e as mais estranhas criaturas. Na escrivaninha do rapaz, desenhos de símbolos estranhos misturavam-se a sonetos que exaltavam a morte, o suicídio.

Naquele momento os olhos da mulher já saltavam de seu globo ocular, seus cabelos estavam desgrenhados e sua testa pingando de suor. Ela aparentava estar com medo de seu próprio filho e em suas feições era visível uma pergunta: “Como eu criei esse monstro?”.

A porta fechou-se de repente, as escadas rangeram e o rapaz surpreendeu a mãe. Ele vestia-se normalmente, totalmente diferente do que qualquer um imaginaria como dono daquele quarto. O menino ao notar a expressão da mãe caiu em uma gargalhada gostosa. A Dona de casa, por sua vez, não entendeu o que se passava, logo, seu filho começou a explicar que tudo aquilo era apenas uma brincadeira, uma pegadinha de 1º de Abril, e ela caiu direitinho


Esse é o texto que eu tenho mais orgulho ever :~) foi feito pra tarefa de redação e eu acho ele uma obra prima =x

sexta-feira, 23 de março de 2007

Sem Mim...

Sem mim...
sua vida não seria nada
sua piada não teria graça
seu sorriso seria uma farça*

Sem mim...
teu dia seria bem tosco
teu ego estaria no poço
tua alegria seria um esboço


*é, o farça é com cedilha... eu tenho licença literária pra matar o português!




Bom, esse é um poeminha que eu escrevi pro george, meio de brincadeira... mas depois achei que ficou bem legal, pra falar a verdade eu achei genial o formato dele, as rimas e os inícios de versos, prestem atenção nisso :D

bye bye =*

domingo, 4 de fevereiro de 2007

escrever escrevendo escrito

cheguei em casa e descendo do carro me toco que tou com uma vontade doida de escrever...é, depois de anos luz sem o menor ânimo-vontade-disposição eu volto ao blog para escrever mais coisas sem sentindo. Eu até acho que a culpa da minha falta de disposição nem é minha falta de disposição em si, é minha decepção ao ver o que eu escrevo e perceber que não saiu do jeito que eu esperava, ver que não consigo usar palavras bizarras tal qual os pseudo-intelectuais conseguem e as vezes nem me expressar direito eu consigo.
Gente, deixando de lado esse papo de pseudo-escritor, eu acho que tou com depressão, tá, eu sei que é uma coisa séria, mas eu acho que tou com depressão mesmo assim. Ontem, sexta-feira, eu passei a noite inteira estudando, é pois é, estudando. eu. estudando. dá até vontade de rir, né? é... tenho quase certeza absoluta que estou com problemas. O pior é que eu tava super empolgada, gostando mesmo de estudar... e "mais pior" ainda é que eu ainda estudei uma boa parte da tarde de hoje, siiim, tarde de hoje. sábado. Bizarro né?
Assim sabe, meu sonho é ter depressão. tá, não bem depressão, mas eu queria ter um motivo pra ser rebelde. Sempre quis que meus pais fossem uns bêbados, drogados, queria que meus irmãos fossem uns prostituídos e ninguém tivesse nem ai pra mim, ai eu faria o que quisesse e poderia ser rebelde com uma causa justa, alias, justissima. Poderia ser um punk, toda-não-ligo-para-rótulos, iria pro hey ho direito, viveria na praça portugal juntamente com os moribundos que a freqüentam. seria do roqui and rouu...mas não! Eu tenho uma ótima família, meus pais são super compreensivos e legais e meus irmãos são as melhores pessoas do mundo... tá certo, eu até que gosto de ter uma família feliz e normal, mas bem que minha vida ia ser bem mais TuNTz se eu tivesse motivos pra ser rebelde.
Taí, tou com vários temas pra postar, alias, tava. Agora, exatamente agora, eu me esqueci de tudo. bah, chega de novo. mais uma decepção.


passar bem.