rawr!

domingo, 29 de junho de 2014

sobre pertencer


pertencer não é ser de posse de ninguém. eu pertenço a ti, porque eu me permito. não que você seja minha dona, veja bem, é só que prefiro os teus braços aos de qualquer um outro. eu me doou pra ti, porque quero e preciso. e ao fazer isso, sinto também que você me pertence, assim, sem amarras, a gente se tem.

a gente se tem e se pertence, e enfim eu encontro meu alguém. minha pessoa que abre mão de saídas e balada por uma boa dose de cama e filmes. minha pessoa que faz eu me perder nos sonhos e me encantar com a realidade, essa assim com teus olhos brilhando e bico pra um beijo. esse meu alguém tão danado, mas tão danado que supera e destrói barreiras próprias e que estavam lá, levantadas, há tanto tempo antes de mim. esse alguém que sorri o sorriso mais lindo do mundo e que me estremece cada centímetro do corpo quando o faz. minha pessoa que faz eu querer continuar sentindo que pertenço, não só a ela, mas a uma coisa maior: nós.

domingo, 25 de maio de 2014

culpas.

a culpa é minha? a culpa por você ter pego o caminho mais difícil é minha?
 a culpa de você ter escolhido esperar na parada estranha e não ir ao terminal é minha? a culpa de você ter pedido seu jantar no lugar que demora mais é minha? a culpa de você ter se atrasado pra sair também é minha?

 e a culpa de você ter saído da sua vida sem sentido é minha? é minha a culpa de você saber agora que a vida não é como você quer? é minha a culpa de que você não vai poder apresentar quem você ama pra sua família? também é minha a culpa de você ter que viver uma vida dupla pra quase todo mundo?

 é minha a culpa de você agora ser feliz?

 me diz, a culpa é minha? é minha a culpa por você ter pego o caminho mais difícil?

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

talvez pelo cansaço, pelo vento frio que corria por aquelas ruas não-movimentadas e também graças ao movimento balanceado do ônibus.. sabe aquele momento em que se dorme, se desliga, mesmo de olhos abertos e com muito aperto ao redor?! naquele momento, pensei em como gostaria de chegar em casa e te encontrar na minha cama, encontrar teus olhos ao abrir a porta e ganhar um abraço, com direito a reclamação sobre meu cabelo estar duro da maresia. então, tomaria banho pra poder chegar mais perto, deitar em cima de ti e ficar ali um bucadinho, até que algum grão de areia sobrevivente do meu corpo tocasse o teu, dando abertura pra alguma brincadeira a respeito da minha higiene pessoal e eu diria que tomei banho depressa pra te ver de novo, pra não ficar com saudade, e talvez você sorrisse dando com a língua no dentes, ou talvez me olhasse desconfiada, pra depois me trazer mais perto e me encher de beijos e cuidados. em meio a isso tudo, eu lembraria das conchas que trouxe na bolsa, conchas que nem fui eu que peguei, mas te diria bem pomposo: “te trouxe essas conchas, foram tão difíceis de pegar, mas quis te trazer.. talvez possamos colocar no teu castelo, nada mais digno para um castelo de uma sereia, não?” e eu riria, e você me abraçaria, também rindo. e então, com conchas ou não, teu castelo seria inabalável.

july, 19th.

terça-feira, 26 de abril de 2011

sorrio, então.

quero você, quero ficar junto, perto, colado, grudado. quero me deitar ao teu lado e saber que não existe mais o que me segure, só os teus braços que insistem em aparecer ao redor da minha cintura. e talvez não seja convencional para você, nem para o resto do mundo, mas é o nosso melhor. nosso jeito sincero de demonstrar cuidado e carinho, sempre muito dos dois. queria agora te olhar nos olhos e falar que o que é seu vai estar guardado, te dar uma certeza, boba que seja, que você tem sim um pouquinho de mim.

não vou mentir e dizer que é fácil me livrar dos conformes, das cobranças de uma sociedade, de ouvir que o que eu faço é errado, mas acredite ou não, é tão inteiro, tão verdadeiro, que já foi-se o tempo em que me preocupei com o redor. hoje quero saber de mim e de você, quero a tranquilidade de quando meu olhar cruza o teu, quero as mãos atadas com explicação ou não. quero sorrir satisfeita em apenas saber que existe um pouco de ti em mim e de mim em ti, e eu sei que existe.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

fragmentada. pensava em alguma outra coisa quando me dei conta. já não sou inteira há muito, perdi-me entre muitas pessoas que pouco deixaram em mim, mas muito levaram. muitos breves amores que apesar de ficarem esquecidos na maior parte do tempo, quando lembrados, me lembram também do meu pouquinho perdido.

e então, aos dezenove anos e fragmentada. talvez nem esteja de fato, seja só a instantaneidade/instabilidade da juventude, mas me entristesse pensar que já não serei todinha pra ninguém, nem pra mim.

parece que no final das contas, todos tem que se contentar com o pouco que sobrou.


oh wait, pense positivo.. talvez alguém complete o que te falta. haha

domingo, 5 de dezembro de 2010

fui encontrar um mundo que à você não pertence, apenas para perceber que já não há nada de interessante ali.

sinto falta de você, das suas mão se movimentando de forma infantil pedindo para eu chegar mais perto. sinto falta do teu rosto sério, bobo, triste e alegre. do teu rosto com teus olhos pousados em mim, alcançando tons de serenidade que só você é capaz. sinto falta do carinho e da certeza.

penso a cada instante que posso voltar agora, correndo, e evitar o dano previsto ao futuro que reservei apenas àquele teu melhor amigo. a verdade é que mais uma vez não sei o que fazer. entre teus braços e minhas lágrimas, confundo o que é melhor para mim e para você, pois há algum tempo perdi a linha em que estes se dividiam.

domingo, 14 de novembro de 2010

pequenas peças. nem um pouco distantes, conectados por parte qualquer do corpo que se encontra. protegendo uns aos outros, de frio, de dor, de medo, de julgamentos, de qualquer coisa assim que costuma abater as pessoas quando sozinhas.

pele com pele e então toda a necessidade de movimentos e energia, é deixada de lado, estão todos entregues, vulneráveis, prontos para se deixar ser protegidos. sem silêncio sepulcral, sem drama, sons não muito altos, conversas paralelas, sorrisos, roncos leves, cabelos em mãos, mãos em mãos.. emaranhado de pessoas querendo não muito mais do que estar ali, juntas. encaixados.