quinta-feira, 4 de agosto de 2011

talvez pelo cansaço, pelo vento frio que corria por aquelas ruas não-movimentadas e também graças ao movimento balanceado do ônibus.. sabe aquele momento em que se dorme, se desliga, mesmo de olhos abertos e com muito aperto ao redor?! naquele momento, pensei em como gostaria de chegar em casa e te encontrar na minha cama, encontrar teus olhos ao abrir a porta e ganhar um abraço, com direito a reclamação sobre meu cabelo estar duro da maresia. então, tomaria banho pra poder chegar mais perto, deitar em cima de ti e ficar ali um bucadinho, até que algum grão de areia sobrevivente do meu corpo tocasse o teu, dando abertura pra alguma brincadeira a respeito da minha higiene pessoal e eu diria que tomei banho depressa pra te ver de novo, pra não ficar com saudade, e talvez você sorrisse dando com a língua no dentes, ou talvez me olhasse desconfiada, pra depois me trazer mais perto e me encher de beijos e cuidados. em meio a isso tudo, eu lembraria das conchas que trouxe na bolsa, conchas que nem fui eu que peguei, mas te diria bem pomposo: “te trouxe essas conchas, foram tão difíceis de pegar, mas quis te trazer.. talvez possamos colocar no teu castelo, nada mais digno para um castelo de uma sereia, não?” e eu riria, e você me abraçaria, também rindo. e então, com conchas ou não, teu castelo seria inabalável.

july, 19th.

terça-feira, 26 de abril de 2011

sorrio, então.

quero você, quero ficar junto, perto, colado, grudado. quero me deitar ao teu lado e saber que não existe mais o que me segure, só os teus braços que insistem em aparecer ao redor da minha cintura. e talvez não seja convencional para você, nem para o resto do mundo, mas é o nosso melhor. nosso jeito sincero de demonstrar cuidado e carinho, sempre muito dos dois. queria agora te olhar nos olhos e falar que o que é seu vai estar guardado, te dar uma certeza, boba que seja, que você tem sim um pouquinho de mim.

não vou mentir e dizer que é fácil me livrar dos conformes, das cobranças de uma sociedade, de ouvir que o que eu faço é errado, mas acredite ou não, é tão inteiro, tão verdadeiro, que já foi-se o tempo em que me preocupei com o redor. hoje quero saber de mim e de você, quero a tranquilidade de quando meu olhar cruza o teu, quero as mãos atadas com explicação ou não. quero sorrir satisfeita em apenas saber que existe um pouco de ti em mim e de mim em ti, e eu sei que existe.


quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

fragmentada. pensava em alguma outra coisa quando me dei conta. já não sou inteira há muito, perdi-me entre muitas pessoas que pouco deixaram em mim, mas muito levaram. muitos breves amores que apesar de ficarem esquecidos na maior parte do tempo, quando lembrados, me lembram também do meu pouquinho perdido.

e então, aos dezenove anos e fragmentada. talvez nem esteja de fato, seja só a instantaneidade/instabilidade da juventude, mas me entristesse pensar que já não serei todinha pra ninguém, nem pra mim.

parece que no final das contas, todos tem que se contentar com o pouco que sobrou.


oh wait, pense positivo.. talvez alguém complete o que te falta. haha