sábado, 31 de julho de 2010

quero fazer de ti minha rotina, casar na meia-luz com lençóis brancos. deixe os papéis ou alianças, esqueça seu nome ou esqueça o meu, não tem importância. vem, porque não há quem possa te machucar aqui comigo. não há mentira, não há medo, somos apenas nós.

vamos juntos, vamos com os deuses, com nosso amor doente e sem cura. corra, fuja e case comigo, porque a cada minuto sem ser teu, sou ainda menos eu.

sábado, 24 de julho de 2010

desaprendi a ser pela metade porque fui, uma vez, inteira. não sei se por comodismo ou (mau) costume já não consigo, comigo é tudo ou nada. tu me tens nos braços ou não, sem meio termo, sem ir devagar. vou com tudo e exijo jeito, porque sou leve em meus 42 quilos, mas enquanto não me segurem direito posso me esparramar.

não me envergonho um segundo por ser romântica incurável. quero todos os tipos de amor, incluindo aquele pra levar até o fim da vida. torço a cada nova pessoa que seja aquela. crio expectativas e esperanças mesmo, porque por mais que sejamos jovens não há certeza alguma, em absolutamente nada. certeza mesmo é só a de amar alguém. amar é a única coisa que você fará até o dia de morrer, hoje ou daqui a 50 anos.

já provei de um tipo de amor que quero para todos os meus dias. fui inteira até saber que sou, sim, metade perdida esperando ser inteiramente achada ou vice e versa. agora me cerco de tudo que mais tenha sentimento e sinto pena, da forma mais cruel, de quem não sabe o que é sentir amor e viver ele da forma mais verdadeira. sinto pena de quem ainda é inteiro e sozinho.

domingo, 11 de julho de 2010

agradeço pelos dentes tortos, o suor, as manchas na pele, o cabelo bagunçado, os momentos constrangedores, as divergências de opinião e ao mau humor. porque, as vezes, o que se precisa para sentir e sorrir no fim de um dia é maior que qualquer romantismo e sentimentalismo.
é a realidade.

terça-feira, 6 de julho de 2010

"cheguei a essa conclusão. quem gosta de pronunciar palavrões e ainda acha bonito, está sujeito a se meter em merdas cada vez maiores, só para poder ter o prazer de xingar. e, baby, eu espero que a nossa seja das grandes."

"às vezes, sinto que poderia me apaixonar por três, quatro, cinco pessoas ao mesmo tempo. não a esmo. conscientemente. acho que, no final das contas, amo demais e me comprometo de menos. durante uma entrevista, uma amiga me apontou que ninguém comemora os anos de amizade por se tratar de um amor verdadeiro. relacionamentos, no entanto, não passariam de uma contagem regressiva para o fim inevitável. “olha o quanto estamos nos agüentando”. é, parabéns.

não me interpretem errado: adoro relacionamentos. tenho um problema com namoros, pois é, mas não é nada pessoal... é social. semântica. entendem? se.mân.ti.ca, sf, 1. ling estudo da evolução do sentido das palavras através do tempo e do espaço. acontece que eu não gosto do sentido que a palavra tomou através do tempo e do espaço, na sociedade. não gosto do que ela implica e tenho aversão ao que todo mundo tem. evidentemente, não gosto de namoros. gosto de memórias, pessoas e coisas só minhas."

"o fato é que está tudo bem e que tem, ainda assim, um problema. o que fica. essas coisas de você, que não foram embora, que ficaram comigo; as micro-partículas das suas mãos encostando em mim; a vibração, essa estática, do seu corpo contra a minha pele... mesmo que em planos diferentes, mesmo que numa proporção tão pequena, tão próxima do indivisível, que nem os cientistas saibam ao certo se existe. mas está lá e, dá, dá para sentir. essa proximidade iminente, sabe... “para acontecer”.

é sempre uma porra de uma sensação, algo pendente, uma coisa impalpável. e é isso que me enlouquece. não a falta, não o vazio. porque se fosse mero vácuo, se não existisse, se não estivesse em mim ou ao meu redor... não me incomodaria. o problema é que está, é que você não foi embora, você continua, aqui, em volta de mim. em planos vibratórios ou seja lá o que é isso – pois é, ainda não entendi direito... me explica de novo? –, mas é real."

- por mel m. (
http://oh-baby-coffee.blogspot.com/)

segunda-feira, 5 de julho de 2010

novo.

novo, tudo novo. já faz um ano que tudo foi grande e real, e eu continuo aqui me distraindo com as pequenas coisas, tentada a fazê-las enormes. mesmo que não consiga é sempre bom o ar do novo.

sem poesia, com sorrisos e brincadeiras das mais diversas. acontecimentos já imaginados, mas sem precedentes. novos, assim, no jeito mais simples de dizer e sentir. daquele jeito que buscamos, que encanta em um segundo olhar e faz as coisas terem algum sentido de novo.

e você que deve me perguntar porque tanto encanto com o novo e eu te respondo perguntando: se não o sentimento pelo novo, o que buscamos?