quinta-feira, 4 de agosto de 2011

talvez pelo cansaço, pelo vento frio que corria por aquelas ruas não-movimentadas e também graças ao movimento balanceado do ônibus.. sabe aquele momento em que se dorme, se desliga, mesmo de olhos abertos e com muito aperto ao redor?! naquele momento, pensei em como gostaria de chegar em casa e te encontrar na minha cama, encontrar teus olhos ao abrir a porta e ganhar um abraço, com direito a reclamação sobre meu cabelo estar duro da maresia. então, tomaria banho pra poder chegar mais perto, deitar em cima de ti e ficar ali um bucadinho, até que algum grão de areia sobrevivente do meu corpo tocasse o teu, dando abertura pra alguma brincadeira a respeito da minha higiene pessoal e eu diria que tomei banho depressa pra te ver de novo, pra não ficar com saudade, e talvez você sorrisse dando com a língua no dentes, ou talvez me olhasse desconfiada, pra depois me trazer mais perto e me encher de beijos e cuidados. em meio a isso tudo, eu lembraria das conchas que trouxe na bolsa, conchas que nem fui eu que peguei, mas te diria bem pomposo: “te trouxe essas conchas, foram tão difíceis de pegar, mas quis te trazer.. talvez possamos colocar no teu castelo, nada mais digno para um castelo de uma sereia, não?” e eu riria, e você me abraçaria, também rindo. e então, com conchas ou não, teu castelo seria inabalável.

july, 19th.

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